...O universo se move para nós | Não houve nem uma pequena falta | Nossa felicidade...
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Eu T Tentando Te Mostrar
Eu tô tentando te mostrar
Entre essas minhas dúvidas loucas
E a dor.
Quero que saiba, eu sempre estive aqui.
E eu quis sair hoje, quando a chuva começou.
Mas eu fechei as janelas de novo.
Talvez ela fosse capaz de cessar essa dor de cabeça.
Eu tô tentando te mostrar, que eu não sou apenas isso.
Mas tá tão difícil... Não acredito mais tanto em mim.
E nunca houve um momento que isso fosse tão alto.
Me sinto estável no instável.
Mensagens, e rostos numa tela.
Trabalho e cansaço.
Repetição.
Minhas lágrimas só enchem os olhos, nem tenho mais coragem de deixá-las cair.
Por que... Em algum pedaço incoerente, senti-las cair, seria perder mais um pouco.
E eu não posso mais... Não posso.
Quando começou a chover hoje, eu quis sair.
E ir, por que ela se parecia com as lágrimas que eu não deixei cair.
Mas eu não fui, fiquei deitada na cama de novo, olhando rostos em uma tela.
Eu tô tentando te mostrar.
Que eu sempre estive aqui.
Mesmo nas linhas suaves e minúsculas que me destroem.
Mas ultimamente anda precisando de tão pouco... Tão pouco. E então, tudo é azul.
Acho que meu coração está suave e minúsculo como essas linhas.
Ele está apertado demais.
Se alguém puder salva-lo... De toda essa falta e dúvidas loucas...
Eu o deixaria ir para a chuva.
Ir sem mim, ele ficaria melhor assim.
Porque no fim de cada dia, eu sempre o coloco na sombra.
Eu não sei onde eu quebrei.
Parece que dês de criança sempre houve esse lado tão azul, e os tons dele só foram para o escuro com o passar dos anos.
Talvez eu nasci no momento que o mundo foi abraçado pela solidão.
E eu senti isso quando o vendo fluiu depois da chuva.
Essa respiração apressada
O som que me acostumei.
Só não diga que está tudo bem
Por que não está
Nunca esteve... Mas os sorrisos ainda estão... Acho que todo mundo está feliz.
Mas não diga por mim, a chuva passou.
Espero que a espera não me desgaste mais.
Por que eu não consigo mais confiar tanto quanto antes... Eu... Eu não.
Eu tô tentando te mostrar que não está tudo bem. Mas você está escondendo isso também.
Igual a mim e as lágrimas.
Quando eu chorar talvez você veja que está chovendo.
-Iza
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More Posts from Amarelabela
O jeito de te amar não é difícil. É só continuar te balançando quando o vento estiver fresco. E olhar nos teus olhos e saber quando não estão brilhando. O jeito de te amar não é tão complicado assim. É só sorrir mais uma vez, e saber que esse universo que mora em você é tão vasto e lindo que te faz se afastar por vezes. Mas é só pra você poder respirar, eu sei. Deve ser difícil ter tantas coisas coexistindo dentro de um corpo findavel. O jeito de te amar não é tão difícil assim. É só tirar um riso teu quando quiser rir, e não tirar mais lágrimas tuas quando quiser chorar. É só te abraçar. Te segurar. E saber quando largar. O jeito de te amar não é difícil. É só ter paciência e fé. E um pouquinho de estrelas, porque você às ama tanto... O jeito de te amar não é difícil. É só te fazer lembrar das tuas próprias cores pra você colorir depois da chuva. É só saber que você é tão única que quase some. É tão viva que quase morre. É tão linda que quase não crê. Repito. O jeito de te amar não é difícil. Então se ame. E se sobrar espaço nesse teu universo tão vasto. Me coloque nele. Porque eu sempre soube disso, esse tempo todo.
Izabela Rodrigues
Desordem
Algumas vezes as coisas flutuam sem ordem.
Os sentimentos não se acodem.
E a música se desfaz, sem ter quem a ponha em ordem.
Como uma respiração fria congelando a garganta no verão.
Um formigar sem formigas.
Um fechar pesado nos olhos ao som de cantigas.
Algumas vezes tudo muda.
Tudo inunda, afunda, e imunda.
Com facilidade mesmo que confunda.
Os nós se aplicam a nós.
E os eles a eles.
Eu entendo meu bem, eu vejo.
Ah, como eu vejo.
Meu coração se amarga.
Minha boca se morde.
Com facilidade a felicidade seria nossa tempestade.
E meu eu, o desastre, alastre.
Algumas coisas alteram outras.
E as outras, outras.
E essas outras alteram nenhuma.
O vazio oculpa.
Oculpa espaço sem ter culpa.
Com facilidade, mesmo pedindo desculpas.
Os nós se formam.
E os eles se deformam.
Eu entendo meu bem, eu sinto.
Ah, como eu sinto.
Sinto muito, sinto tanto, sem encanto, eu canto.
Meu coração amarga, adoce-o.
Minha boca se morde, beije-a.
Com facilidade eu entederia os lados.
Como sempre faço quando estilhaço.
Caçando o amor nas palavras e movimentos.
O calor da empatia, no tempo que o nó não se fazia.
Algumas vezes a gravidade ganha.
Nos pega, panha.
Com facilidade nos ganha.
Fazendo acreditar que ela não nos é estranha.
Eu entendo meu bem.
Sei que as lágrimas não tem mais calor.
E só te enchem de furor,
Mesmo você agindo ainda como um beija-flor.
Eu vejo, meu bem.
Ah, como vejo.
Queria que visse também.
Como eu te vejo bem.
Mas, tudo bem.
Algumas vezes as coisas flutuam sem ordem, para o nosso bem.
- Izabela Rodrigues
Não consegue ver?
Sou uma pétala.
Não consegue ver ainda?
Estou assustada.
Tão assustada que isso me faz chorar a noite.
Mas é só as vezes.
Eu ando conseguindo segurar.
Mas há noites que sinto as ondas ultrapassarem a costa.
Não entende?
Eu sou uma pétala.
Não consegue entender ainda?
Eu sou uma fortaleza.
Assustada mais ainda assim uma fortaleza.
Uma fortaleza tão assustada que me faz duvidar dos meus alicerces as vezes.
Mas é só as vezes.
Eu ando conseguindo segurar.
Mas há noites que sinto as ondas ultrapassarem a costa.
Não consegue sentir?
Eu sou uma pétala.
Não consegue sentir ainda?
Eu estou caindo.
Assustada mais ainda assim uma fortaleza, em sua queda.
E o prelúdio dessa queda me faz pensar se realmente consigo aguentar o vento que vem com as ondas.
Mas é só as vezes.
Eu ando conseguindo segurar.
Mas há noites que sinto as ondas ultrapassarem a costa.
Não consegue sonhar?
Eu sou uma pétala.
Não consegue sonhar ainda?
Eu sou um jardim.
Sou também o ser que se esconde nele, segurando a flor azul.
Sou o ser no jardim, meu jardim.
Assustada mais ainda assim uma fortaleza em plena queda, solitária.
E essa solidão me faz dúvidar se um dia você vai querer me olhar, um dia vai querer me olhar?
As vezes isso transborda.
Mas é só as vezes.
Porquê ando conseguindo segurar.
Mas há noites que sinto as ondas ultrapassarem a costa.
Você consegue me dizer?
Que sou uma pétala?
Que estou assustada mas, ainda assim sou uma fortaleza?
Você consegue me dizer ainda?
Que estou caindo?
Você consegue me dizer?
Diga sorrindo.
Que eu sou um lindo jardim e que você esta me procurando.
Você pode me dar a flor azul?
Eu cultivo ela para você.
Mas se você esta aqui é por que quer me olhar.
Estão me dê ela.
Será que depois de me olhar você ainda conseguirá dizer que sou uma pétala?
Izabela Rodrigues
Ego sum qui sum
Eu sou uma princesa louca. Eu sou o borrão em um céu borrado. Eu sou o piso. Eu sou o riso. Eu sou uma. Eu sou várias. Eu sou uma e várias . Eu sou uma princesa louca. Eu sou a média. Eu sou a rédea. Eu sou o topo. Eu sou o troco. Eu sou o dia para a noite. Eu sou o chicote do açoite. Eu sou uma princesa louca. Eu sou, A princesa. Eu sou princesa. Eu sou a tristeza. Eu sou a avareza, dos que tem a avareza triste. Eu sou o rio. Eu sou o assobio. Eu sou uma princesa louca. Eu sou a noite para o dia. Eu sou, A fria. Eu sou fria. Eu sou asas e caudas. Eu sou arco-íris e algas. Eu sou luz.
Eu sou uma princesa louca. Eu sou o castelo todo. Eu sou a longa ponte. Eu sou os portões. Eu sou o exército. Eu sou imponente. Eu sou trevas. Eu sou uma princesa louca. Eu sou o choro. Eu sou o carinho. Eu sou o amor. Eu sou a dor. Eu sou a causa da euforia. Eu sou a serendipidade. Eu sou uma princesa louca. Eu sou a desistência . Eu sou a fé.
Ah! É que os dias passam com tanta pressa e eu continuo filmando tudo em câmera lenta. Acho que só preciso de um tempo.